tag:blogger.com,1999:blog-69808159421646727672024-03-05T10:20:13.901-03:00b r e a t h t o b l i s s .Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.comBlogger636125tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-44360523904607792532017-11-05T18:53:00.001-02:002017-11-05T18:54:24.298-02:00Brisa do mar<div style="text-align: justify;">
Sentia muitas saudades de casa. Olhou com paciência o mar à sua frente como se buscasse além dele; olhou como se procurasse o que estava escondido. Não achou o que procurava, apesar do deleite da visão para os olhos. A concha que pegara da areia a pouco, movida pela curiosidade dos arcos espiralados, trouxe uma nova função: pôs ao ouvido para escutar uma canção que só existia dentro de si. Ouviu o vento soprar, bem longe. Como se estivesse ouvindo de volta os sons de casa, sorriu, e seu coração se aqueceu por um momento. Queria ainda ouvir mais além, talvez ouvir os risos e as conversas, ouvir de novo a sensação de vida à sua volta. Queria ouvir os sons parecidos com seu lar, mas não ouviu nada além do vento marítimo aprisionado na concha. Queria também ouvir respostas: o que estaria fazendo nesse lugar? Por que a rotina à sua volta lhe era agora estranha como roupas emprestadas? O que lhe faltava para chamar “aqui” de lar? Resgatou as memórias de infância, resgatou as melhores experiências, resgatou as experiências banais, resgatou o que aprendeu com os professores na escola e fora dela. Percebeu que caminhava como uma náufraga.</div>
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<br /></div>
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Todas as coisas estavam indo bem. Não havia muita preocupação além das entediantes rotinas e das resoluções de problemas diários. Estava perdida, talvez, ou só deslocada, mas não era de forma alguma geográfica. Tinha perdido o fio para o fim do labirinto dentro de si; ou era mais provável que apenas tenha se dado conta disso, não importa há quanto tempo já estivesse nessa situação.</div>
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<br /></div>
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Faltava amor à sua volta. E por faltar, todos pareciam buscá-lo com avidez em vários lugares, em várias coisas, em várias pessoas. Se em juventude lhe faltavam amor, culpavam a pressa, a ânsia. Se em maturidade lhe faltavam amor, culpavam a beleza que se esvai da forma. Se em velhice lhe faltavam amor, culpavam a memória. Vários culpados para desviar o foco das próprias escolhas, das oportunidades que passavam velozes diante dos olhos desatentos.</div>
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<br /></div>
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Começou a pensar em todas essas coisas por vontade própria, mas não sabia o que concluir com essa linha de raciocínio. Tirou o pensamento do mar e do céu, cravando os pés fundos na areia morna. “Por que ‘aqui’? Por que com essas pessoas? Se essa ânsia me preenche, é um castigo? É, ao menos, necessária? ” Parou para refletir no que acabara de pensar. Era necessário? Será que era preciso que convivesse com essas pessoas apressadas, enérgicas, mutáveis, inertes? Seria ela uma dessas pessoas também?</div>
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<br /></div>
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Todas as coisas estavam indo bem, e isso significava conforto, segurança e comodidade. Havia a pouco aprendido que o conforto vai deixando os olhos sonolentos, vai encobrindo as vistas e impede-a de ver o mundo com clareza. Sabia que precisava se desvencilhar do conforto, da cama macia. Teria trabalho, seria necessário esforço. Teria que transformar um pouquinho as coisas se quisesse que elas se parecessem mais com seu lar, lá do outro lado do oceano. Teria que arrancar sutilmente mais sorrisos, teria que superar as próprias restrições, os próprios preconceitos. Se faltava amor à sua volta, teria ela esse amor para oferecer? Não estaria também faltando amor em si? Eram perguntas difíceis de se fazer, pois lhe exigiam uma sinceridade consigo mesma maior que a habitual. Ser sincera com os outros era bem mais fácil. No entanto, sabia que identificar e arrancar algumas características que a acompanhavam há tanto tempo seria um processo demorado e dolorido. Tinha receio de perder autenticidade no processo, apesar de no fundo saber que isso era pouco provável – sua mente estava desesperada querendo voltar para o estágio de conforto.</div>
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<br /></div>
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Sacudiu a areia dos pés como se pudesse sacudir junto os pensamentos. Precisaria iniciar uma jornada e o começo seria cuidar melhor de si mesma, enquanto também cuidaria dos outros. Não era uma atitude partidária: ou ela ou os outros. Faria ambas ao mesmo tempo.</div>
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<br /></div>
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Agora em sua mente não imaginava o amor como flecha que aponta certeira o alvo. Lhe lembrava, com mais clareza, do laço que une o ramalhete em um abraço de todas as flores.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7lfs_GypJZVh7S0Jz4R0H4oW2pUKljhTE12W_q3fR6Rz4vCJSoaVikb0xTX3qdBcd4UxmbFyatDShmKDLzu2CkmbvnlXyG4zyGDWYlarTjILlkKTtPiIlymDujWmY4Ux7erXNWrgQqRc/s1600/b12d01af54c2402fc73d7bdaeaa7c7a7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="499" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7lfs_GypJZVh7S0Jz4R0H4oW2pUKljhTE12W_q3fR6Rz4vCJSoaVikb0xTX3qdBcd4UxmbFyatDShmKDLzu2CkmbvnlXyG4zyGDWYlarTjILlkKTtPiIlymDujWmY4Ux7erXNWrgQqRc/s400/b12d01af54c2402fc73d7bdaeaa7c7a7.jpg" width="265" /></a></div>
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Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-60747443333785039902017-05-09T00:45:00.000-03:002017-05-09T00:45:34.720-03:00Das coisas mais bonitas que já viUma beleza inexplicável. Tudo surge dali, mas não é ali que termina.<div>
Os olhos se enchem de água sem tristeza alguma.</div>
<div>
O peito expira longamente a força contida do ar.</div>
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A garganta pede passagem como se precisasse abrir-se ao meio.</div>
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<br /></div>
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Todos os sentidos se banham de beleza áurea e, ainda assim, não há necessidade alguma de posse.</div>
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Não é algo que é meu e precise morar em um pote. Isso seria egoísmo. E egoísmo não tem lá muita utilidade.</div>
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<br /></div>
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Um sentimento de afeto tão puro e unilateral que a admiração por si só já sacia.</div>
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A felicidade reside na continuidade e não no tato das mãos. Sentir o perfume de perto pouco importa se o perfume durar para sempre. E assim nem um pingo de egoísmo mancharia tão suave beleza.<div>
<br /></div>
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Não é "deixar ir para que um dia volte". A gente nem percebe, mas sempre acaba personalizando tudo.</div>
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<br /></div>
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A admiração e a beleza podem andar de mãos dadas sem riscar a nossa própria face. A gente é que numera e insiste em competir. Mas nada disso de fato importa.</div>
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A beleza não nos acerta como soco. Ela nos preenche como ar. A gente pode até achar que a encontramos fora, no outro. Mas nunca saberíamos reconhecê-la se já não a tivéssemos conosco.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7V7moBRqJ1eNF0nK-A8KBmC_cDj_A590DFI27ft6_5UwOd2SpkhYYa4cot7ck59jPlD3-DPomw7KIK8YjVD8IJJgX6W8lhdwedELHLNvpvMgsT62A7sERrDw-qxYI-npOCUPsJEsq8ek/s1600/8a1a36acb0989d6300caea85ad047933.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7V7moBRqJ1eNF0nK-A8KBmC_cDj_A590DFI27ft6_5UwOd2SpkhYYa4cot7ck59jPlD3-DPomw7KIK8YjVD8IJJgX6W8lhdwedELHLNvpvMgsT62A7sERrDw-qxYI-npOCUPsJEsq8ek/s400/8a1a36acb0989d6300caea85ad047933.jpg" width="265" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Birth of Venus (detalhe) </i><i>1486 - </i><i> Sandro Botticelli</i></span></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-55939454385521421492017-05-01T14:46:00.003-03:002017-11-05T18:54:57.837-02:00O que tinha antes de tudo isso<div style="text-align: justify;">
"<i>Qual a diferença que fazemos no mundo? Por que será que estamos aqui? Será que temos um destino maior que nos será revelado em breve ou a nossa simples existência já modifica o todo? Não sei bem ao certo o que pensar. Quando eu tinha meus 12 anos achava que tudo que fosse pra ser, seria, mesmo sem eu desejar. Achava que o amor viria até mim sem eu precisar me mexer. Mas pouco tempo atrás eu percebi que o amor vem quando estamos desarmados, quando nos abrimos e sentimos um pequeno medo ao contar sobre a nossa vida. São nesses momentos que acontecem as coisas mais importantes. Talvez o problema maior esteja no tempo. Porque assim como o tempo mudou meus conceitos, muda o conceito e o sentimento de todo mundo. E por mais que o tempo passe, e por mais que as mudanças aconteçam, sempre sobram vestígios de como era antes.</i>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O lado bom de ter uma memória "ruim", porém ser acumuladora é encontrar pistas que eu deixei pra trás e não me lembrava mais. Esse texto que escrevi há quase 10 anos (21/11/2008) achei em um caderno no meio da minha bagunça e talvez tenha sido a fagulha que iniciou todo o processo em que me vejo inserida hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Sempre foi uma necessidade quase que gritante encontrar referências em coisas/pessoas em que eu pudesse me identificar ou que me indicassem quem realmente sou. Esse "grito" foi lentamente suavizando à medida que eu comecei a por tudo em palavras e, finalmente, comecei a me "ler". Primeiro aqui, no blog em 2009. E depois, beeem depois, comecei a falar por mim mesma. É estranho imaginar alguém muda durante tantos anos, mas dizer coisas com a boca não significa de fato "se expressar". E essa última tarefa é a que venho aprendendo um pouco mais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Hoje o "grito" virou um sussurro e a minha própria voz vem ganhando mais volume. Não é uma tarefa fácil: eu não nasci pronta e estou tentando me construir com toda a força que possuo, lutando contra aquilo que já haviam, inclusive, construído por mim. Também não é uma tarefa rápida: os textos que escrevi estão datados pra que eu possa me lembrar justamente disso todos os dias. Mas é uma tarefa que vem preenchendo os meus dias, cada um deles, com algo a buscar.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu ainda não tenho nenhuma das respostas em que buscava quando tinha 18 anos. Mas, intuitivamente, sei que irei olhar pra trás algum dia e conseguir juntar todos os vestígios.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3eofdHt0Ettrg7Ym5v8TN2broOryJtiikrS-BAncBvNNfDd2uBGAWYaFmstJa8U5bozNepJuAlcWFdmObNZLiUdFVcUOo2in3pGq5wQF2DlveT9gzFAzJJjTICCRwI5SuAoHW7o-7uv0/s1600/memory-1948-1%25281%2529.jpg%2521Large.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3eofdHt0Ettrg7Ym5v8TN2broOryJtiikrS-BAncBvNNfDd2uBGAWYaFmstJa8U5bozNepJuAlcWFdmObNZLiUdFVcUOo2in3pGq5wQF2DlveT9gzFAzJJjTICCRwI5SuAoHW7o-7uv0/s400/memory-1948-1%25281%2529.jpg%2521Large.jpg" width="308" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Memory (1948) - Rene Magritte</span></i></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-71886006397829300042017-01-30T20:42:00.000-02:002017-11-05T18:55:10.210-02:00A dor de não aceitar a continuidade<div style="text-align: justify;">
O fato de o ser humano muitas vezes se sentir superior ou alheio à natureza ofusca um entendimento natural da própria vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos momentos em que o coração está machucado e a mente cheia de dúvidas, se nega a perceber que esse é um estado temporário, que "a tempestade sempre passa". E se surpreende quando isso de fato acontece. Da mesma forma, a felicidade não é duradoura ou contínua e é frustrante esperar que ela realmente seja. Por mais que tudo esteja aparentemente em ordem consigo, há um mundo inteiro se movendo e imprimindo as maiores dores e alegrias diariamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A flor de um ipê aberta no auge do verão talvez não saiba que vai cair e morrer. Aparentemente, no inverno ela desaparece e não volta mais. Mas, nós aqui de fora, sabemos que não é bem assim. A flor se esconde no chão, mas irá novamente brotar na próxima estação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que seria da flor se ela não quisesse mais ser flor? Se não quisesse mais continuar? Há uma dor imensa na recusa de ser. Não controlamos os ciclos e nos afetamos por eles, sem saber que também somos flor aberta e exuberante, como também somos semente introspectiva debaixo da terra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O declínio de nossos ciclos pode ser visível ou latente, mas sempre está ali de várias formas: o fim de um relacionamento, a saída de um emprego, a indecisão de caminhos com um diploma na mão, a morte de alguém que amamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez a compreensão do valor dos declínios não seja possível à nossa mente hoje, nesse momento em que vivemos no mundo. Mas a natureza parece não falhar... e sempre nos entrega uma nova primavera.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em um mundo de frio emocional e inverno interior, talvez não tenhamos conhecido a primavera ainda. Mas que possamos sempre contar com a sua chegada.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo que seja só dentro da gente.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIjOmUF7fznQSLjzDI1JALzxFLp3tEGLG8lHyoRowIs24vhFdEU1rE8LMTXAtZJHYW2bUU_X_VIW696APdLvsJF5xOM39yG7S36zuP8bYp7CBO6-OCER_N_ZrExK32YdTlG3xBkk3AYM/s1600/f443e2364cb0776943135b2a6785e58d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIjOmUF7fznQSLjzDI1JALzxFLp3tEGLG8lHyoRowIs24vhFdEU1rE8LMTXAtZJHYW2bUU_X_VIW696APdLvsJF5xOM39yG7S36zuP8bYp7CBO6-OCER_N_ZrExK32YdTlG3xBkk3AYM/s400/f443e2364cb0776943135b2a6785e58d.jpg" width="281" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-2257006371381988092016-10-06T19:33:00.001-03:002017-11-05T18:55:44.622-02:00Móbil<div style="text-align: justify;">
Seguir em frente dói. O estado natural dos corpos sempre tenderá ao conforto e ao chão firme (ou às vezes à uma cama quentinha em casa). Então, geralmente, seguir em frente realmente dói.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É como os dentes do siso que você sabe que precisam sair dali. Arrancá-los é tão difícil quanto deixá-los. Ainda mais porque o momento de dar adeus aos dentes vai chegar justamente naquela viagem, naquele show ou na coisa mais legal que poderia acontecer no ano inteiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir em frente dói como chegar exausto de um dia em que todas as suas forças foram consumidas pelos outros e não sobrou nada pra você mesmo. Mas você precisa ter forças. Você precisa fazer coisas e tomar decisões mesmo que elas sejam difíceis, novas ou amedrontadoras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir em frente é particularmente difícil nesses dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir será difícil porque serão necessários muitos “não”, poucos “sim” e vários “estou com medo”. E cada escolha feita irá pairar como uma espada sobre o seu dia te fazendo pensar “por que eu comecei isso, mesmo? ”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É difícil seguir em frente porque você vai ter que se olhar no espelho e aceitar que este rosto e este corpo não são seus por acaso, mas sim porque só você saberá o que é melhor pra ele. E somente você poderá fazer algo por si mesmo na maioria das vezes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir em frente é difícil porque quando você estiver só começando vão surgir milhões de problemas no caminho (e eles nem estavam ali há um minuto atrás).</div>
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<br /></div>
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Seguir em frente sempre será contra o vento e tomar impulso cansa tanto quanto aumenta o desejo de voltar pra cama quentinha de casa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você pode até achar que alguém vai te impulsionar ou avisar o momento certo de seguir em frente. Esse alguém pode nunca chegar, mas também não precisa de pressa. Você mesmo saberá o exato momento de seguir em frente. Será o momento em que irá doer tudo e com tanta força que o único alívio será seguir.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvLopFzZr5UFpMGBxMEUL0lYGNwYAklESsPsUSiTJQ6IBQLaiQAmxGw_dEtQL124GIsi_a5zHVU5Lxa_bgWeWryD9ZHYU0uYILPQq2mqpoxuc7ttfoTY5Ccf4ORlHwuSh8yxv4NQbNQhA/s1600/efaef31468603cc7799a2968efa2e12c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvLopFzZr5UFpMGBxMEUL0lYGNwYAklESsPsUSiTJQ6IBQLaiQAmxGw_dEtQL124GIsi_a5zHVU5Lxa_bgWeWryD9ZHYU0uYILPQq2mqpoxuc7ttfoTY5Ccf4ORlHwuSh8yxv4NQbNQhA/s400/efaef31468603cc7799a2968efa2e12c.jpg" width="400" /></a></div>
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Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-37573004043483602122016-09-12T20:58:00.001-03:002017-11-05T18:55:55.437-02:00O som mais bonito do mundo<div style="text-align: justify;">
Não faz muito tempo - apesar de eu não identificar o exato momento - acabei descobrindo o som mais bonito do mundo. Talvez a descoberta não tenha surgido em um estalo, mas gradativamente o som foi ficando mais familiar pra mim. Foi como se, ao ouvir, eu tenha me deparado com sua existência bem ali do meu lado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até ali eu tinha um nervosismo contido, uma ansiedade muda. É estranho colocar em palavras coisas que eu achava que faziam parte do que eu sou. Mas era mais ou menos isso: uma inquietude que, por ter surgido do nada, eu não sabia que estava ali havia tanto tempo. Essa sensação me fazia entrar em uma busca incessante por significado até nas coisas mais simples. E, ao não encontrar nada disso, nem compreender os sentimentos - principalmente os meus - eu me tornava totalmente avessa à eles. Eu era consciente da indiferença, do desdém que eu mesma construía.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E então surgiu o som, tão quente e tão leve, capaz de flutuar no topo do mais alto muro já construído. Um som que vinha em forma de riso e que não buscava nada mais complexo do que isso. A minha mente ainda dava várias voltas tentando decifrar o que estava na minha frente, tentando montar um quebra cabeça provavelmente muito complexo. Mas não existia complexidade. Não havia quebra cabeça algum. Era tudo muito simples e claro. Eu só precisava entender que nem tudo estava escondido, nem tudo estava longe e nem tudo era difícil de se alcançar. Não haviam mais altos e baixos. Enfim era tudo equilíbrio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas coisas não tem começo nem fim exatos. Não tem forma, quantidade ou extensão. Algumas coisas também não são tão complexas quanto a gente faz ser. Todo o meu esforço em compreender, ponderar e decifrar sentimentos seria em vão se eu não conseguisse reconhecer o som mais bonito do mundo que, ao chegar aos meus ouvidos, me faria querer sorrir também.</div>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Uqwl3vTNR_urxtsd08MMyF_ht-4PjaqKK7S8UIHekNmZLkCmbq_jkQA6iE0E5QaU0groO6zkAfjmWjAM3YHm5w3Z84ZVQI5GB6zKvjBq9YjNJ2ov1c-sA0fa9ABWa-YhnT_bJuytJ1U/s1600/a4fc4c7a58fea8cc0cbcce4d20eba488.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Uqwl3vTNR_urxtsd08MMyF_ht-4PjaqKK7S8UIHekNmZLkCmbq_jkQA6iE0E5QaU0groO6zkAfjmWjAM3YHm5w3Z84ZVQI5GB6zKvjBq9YjNJ2ov1c-sA0fa9ABWa-YhnT_bJuytJ1U/s400/a4fc4c7a58fea8cc0cbcce4d20eba488.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Little Oil </span></i><i><span style="font-size: x-small;">Art</span></i></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-30742324651559982502016-07-20T23:56:00.000-03:002017-11-05T18:56:08.071-02:00Cabo de guerra<div style="text-align: justify;">
Todo dia uma nova luta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Todo dia esperam que eu escolha um dos lados, que eu me posicione.</div>
<div style="text-align: justify;">
A todo momento esperam de mim opiniões. Sobre tudo, sobre todos, sobre o que eu nem conheço.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na minha frente, o botão vermelho e o botão verde. Escolha agora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo terreno está parecendo muito delicado de pisar. Cada pessoa tem experiências distintas, reage de forma diferente aos fatos, às coisas que acontecem no mundo hoje. O que eu acho correto agora é fruto de muitos fatores e experiências particulares. E elas vão mudando conforme eu vou mudando. Então, como saberei se estou certa? E se eu morasse na Índia, pensaria da mesma forma? E se eu vivesse no século passado? Será que vou pensar o mesmo daqui 5 minutos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aqui eu me esforço pro visitante que chegou em casa não tirar os sapatos pra entrar. Do outro lado do mundo isso seria desconfortável. Aqui me dizem que é vantagem aplicar o mínimo esforço na maioria das vezes. Em algum outro lugar do mundo a vantagem é aplicar o máximo esforço em quantas vezes forem necessárias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estou certa? Eu estou errada? Nestas coisas, depende. Posso travar uma árdua batalha sobre como as coisas são por aqui e acabar empatando miseravelmente, pois, em outro lugar do mundo essas mesmas coisas não fariam o menor sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só posso concluir, então, que não sei tudo. Aliás, eu sei bem pouco. Então talvez eu esteja discutindo as coisas erradas. Talvez algumas respostas, para essas perguntas e tantas outras, sejam "depende". Depende do que você viveu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mudar as perguntas e cada vez mais buscar o consenso parece ser a saída ideal. Não o consenso imposto, mas sim algo que venha de dentro. Consenso esse em que todas as ideias possam ser ouvidas, todas as particularidades sejam consideradas e o que é "certo" possa ser aplicado a todos, sem distinção... Pois, qualquer coisa diferente disso não deve ser tão certa assim.</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOMKEBtJUBPtX0tevZSXiHijwAn54W43lLQg20310UPZ3OGOaKTRDsJw95V8_Cs8nGiKcMWoQAWQRA-OAx1LNrmBGVEbvnILu3Ksh1ockvbbe1YNNbxwDoxv81nHhkpw_5uLV7toh6LUc/s1600/e11c7400dc062bc06f3dc518e570a085.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOMKEBtJUBPtX0tevZSXiHijwAn54W43lLQg20310UPZ3OGOaKTRDsJw95V8_Cs8nGiKcMWoQAWQRA-OAx1LNrmBGVEbvnILu3Ksh1ockvbbe1YNNbxwDoxv81nHhkpw_5uLV7toh6LUc/s400/e11c7400dc062bc06f3dc518e570a085.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Christian Schloe</i></td></tr>
</tbody></table>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-7308824003937543142016-05-24T21:11:00.000-03:002016-05-24T21:11:33.687-03:00Mirrors IIConheça a si mesmo. Torne isso a sua missão. Faça disso a coisa mais preciosa que tens. Conheça o seu corpo, todos os detalhes. Entenda seus sentimentos. E entenda como eles funcionam. Ao que eles reagem? O que move você? O que te paralisa?<br />
<br />
Converse consigo mesmo. Procure se conhecer, ainda que seja mais fácil e rápido entender os outros. Volte seus olhos para si, ainda que seja mais fácil se esconder.<br />
<br />
Descubra pelo que o seu coração bate de verdade. Tente sentir as coisas com o seu coração. Não deixe que te digam ou que te ensinem sobre o que você deve se importar.<br />
<br />
Não deixe que te digam o que comprar.<br />
Não deixe que te digam o que combina com você.<br />
Não deixe que te digam a quem deve amar ou deixar para trás.<br />
Não deixe que você mesmo se boicote.<br />
Nunca deixe que alguém te diga o que é importante pra você.<br />
<br />
Todos estão perdidos. Mas se você se encontrar dentro de si, nunca mais se sentirá sozinho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4nNWH8Y6DzjhnsKrZ5ObP52eZhne1D75janPV2mSf43cZjGf9rHFSVUq5LsygKMvHhrevFLJ_YNwkMkE14etJkVyI2GrbY2y0ki79jDf5vCFdNOtZLap8j8Y_gJxu6wbMrnd1j2q_dc/s1600/8ce4bb3a9c6bd75bfbf40eca814e4f1e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_4nNWH8Y6DzjhnsKrZ5ObP52eZhne1D75janPV2mSf43cZjGf9rHFSVUq5LsygKMvHhrevFLJ_YNwkMkE14etJkVyI2GrbY2y0ki79jDf5vCFdNOtZLap8j8Y_gJxu6wbMrnd1j2q_dc/s640/8ce4bb3a9c6bd75bfbf40eca814e4f1e.jpg" width="425" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-57569834721549103692016-05-23T00:09:00.002-03:002017-11-05T18:56:29.805-02:00Muro invisível<div style="text-align: justify;">
Não sei bem como constatei isso (eu sempre tive muitas dúvidas) ou em que época da vida acabei me aperfeiçoando mais, porém percebi que sou dotada de bem pouca ansiedade. À primeira vista pode parecer tranquilidade ou paciência. Mesmo assim, às vezes eu falo demais, converso rápido, faço muitas coisas e estou sempre sem tempo pra nada, mas foram poucas às vezes que meu humor se alterou a ponto de causar estranhamento às pessoas ao meu redor. “Mas como assim? Seu signo é gêmeos”, me disseram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então talvez essa ausência de ansiedade veio naturalmente devido ao fato de eu ter nascido em berço de ouro e me sentir segura... Bom, eu não tive isso. Acredito que ver meus pais trabalharem o dia inteiro pra pagar as contas enquanto eu terminava o ensino médio em escola pública não sejam fatos suficientes pra me tornarem uma pessoa segura e sem ansiedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ter sido então a minha convicção sobre o que cursar na faculdade ou com o que eu gostaria de trabalhar... Isso poderia ser verdade se não fosse o fato de eu perceber que realmente gostava do que faço somente 2 anos depois de me formar na graduação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, apesar de não me considerar ansiosa, eu já senti ansiedade e foi horrível me ver travar e até confundir meus pensamentos, ou ainda me fazer perder a esperança no futuro. Então, como combater isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho a resposta, não tenho nenhuma terapia e nem remédio pra indicar. A única coisa que posso compartilhar é a minha experiência. Então, posso sugerir:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Não fique parado: faça coisas, estude coisas. O tédio vicia sim. Ele pode tanto te estagnar como pode te irritar. O medo também irá te impedir de fazer diversas coisas pois você irá sempre pensar na consequência, no depois, "e se não der certo". Eu trabalhei em muitos lugares diferentes e tive que conhecer várias pessoas desde bem nova pelo simples fato de que queria ficar o dia inteiro fora de casa. Eu era bem pouco extrovertida e foi muito difícil vencer várias barreiras, pois eu sentia medo. Na época eu não sabia, mas essa vontade de me manter em movimento me ajudou muito. Isso leva à próxima sugestão:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Faça as coisas por vontade própria: se você começar algo porque alguém exigiu, alguém espera isso de você, repense. “Mas por que você está trabalhando vendendo sorvete?” Porque eu quis. “Mas está chovendo hoje... Por que você vai?” Porque eu quero. “Mas você não vai ficar nem mais rica nem mais pobre fazendo isso...” Mesmo assim eu quero continuar. Quando uma pessoa realmente quer fazer algo, nada poderá manipulá-la do contrário. Faça as coisas pelo prazer de terem sido feitas por você. Isso leva à próxima sugestão:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Não tente apenas procurar por uma vocação, mas transforme tudo que é feito por você: algumas pessoas nascem com dons e sabem desde sempre o que querem fazer para o resto da vida. Acredito que essas pessoas são raras. No meu caso eu tive que praticar muito o que faço pra realmente saber que quando eu faço fica bom. Eu transformei algo que não conhecia em uma coisa que posso considerar que faço bem. Isso demorou muito tempo e sofri muito praticando. Eu poderia ser ótima em outra coisa também, se tivesse tomado outra decisão. O segredo então é praticar. As pessoas esquecem que até o bebê aprender a andar ele cai várias vezes, mas se levanta mesmo assim. Acredito que podemos fazer várias coisas e ficar muito profissionais nelas, mas somente treinando muito isso pode acontecer. Isso leva à última sugestão e que diretamente pode gerar ansiedade:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- A única coisa no mundo que você pode controlar é a si mesmo: deve existir algum estudo sobre isso, mas vou falar de forma bem casual. Cada pessoa pode ser resultado de um conjunto de fatores ao seu redor: a família em que foi criada, a sociedade em que vive, a escola que frequentou, seu país com suas leis e religiões, seus ídolos e ideologias, a posição dos astros no dia em que nasceu... São tantas coisas influenciando que eu me pergunto: quais delas posso controlar ou prever? Nenhuma! A única coisa que podemos controlar são nossas ações. Esperar que todos os outros fatores estejam como a gente gostaria é praticamente esperar o impossível. E isso leva a mãe de todas as frustrações: a expectativa. Criar expectativa sobre o que não podemos controlar é jogar a culpa no mundo pelo resultado de tudo que pode acontecer. A crise política, a situação econômica, a rejeição amorosa, tudo isso pode até reduzir nosso potencial, mas nunca deve limitar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A própria sociedade exige que sejamos controladores. Acredito que é bem diferente disso. O mundo não vai mudar à força, não precisamos de mais imposição. Só podemos mudar o mundo de dentro pra fora e, quem sabe, influenciar e transformar as coisas ao nosso redor através das nossas ações.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxXaAlrY5LBZuXNKbmZS_HPPh5jmxKE7clyuqzjrj5npElEOpS4XZUzJTwJxQHi-QAk_mzGAzg4-V5ky-1qR5xjk_tbAgu-voVoC-Vxfy5mait6I_1bHZ8lFyUCkrURwVQfo3-mJdxCL4/s1600/in.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxXaAlrY5LBZuXNKbmZS_HPPh5jmxKE7clyuqzjrj5npElEOpS4XZUzJTwJxQHi-QAk_mzGAzg4-V5ky-1qR5xjk_tbAgu-voVoC-Vxfy5mait6I_1bHZ8lFyUCkrURwVQfo3-mJdxCL4/s640/in.png" width="408" /></a></div>
<div>
<br /></div>
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<br /></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-60958977804657135152015-09-04T00:59:00.000-03:002017-11-05T18:56:43.102-02:00A vacina do bem<div style="text-align: justify;">
Quando se é criança, ou pelo menos assim eu pensava, o sentido da vida era conhecer o mundo. Tão vasto! Tantas coisas novas e fascinantes pra aprender, pra compreender, pra fazer parte. E eu fui conhecendo o mundo. Sabe aquela sensação de que tudo é melhor e mais belo quando a gente não conhece bem? Quando tem mistério? Então, a cada dia eu fui desvendando os dias em si. Não era tão belo como imaginei, e ainda assim era tão vasto. A cada novo dia, um pouco mais de conhecimento. Até que eu aprendi história e conheci o passado do mundo. Por que tantos conflitos? Por que tantos jogos? Poder? Por que essa dificuldade toda em miscigenar? Por que evoluímos na medicina, na tecnologia e na agricultura quase que exclusivamente por causa de guerras? Por que lutar pela sobrevivência em uma era tão inteligente? Parecia que não tinha mais fim a teia de histórias curiosas desse mundo...</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
E de repente uma avalanche de informações tomou conta dos dias. O mundo ficou bem menor. Passei a saber de coisas lá do outro lado do mundo sem nunca ter se quer imaginado sair da minha cidade, da minha casa. As notícias começaram a pular na minha frente sem eu ter que me debruçar em um livro pra ler de novo as palavras "guerra", "massacre", "desumano", "violência", "medo"... Muitas vezes na mesma manchete.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Percebi que as notícias não pularam na minha frente, elas já estavam ali. Sempre existiram. E eram algo pior: eram fatos. A essa altura era tarde demais pra esquecer o mundo. Não havia como deixar de conhecê-lo pois eu fazia parte dele. Posso abrir um espaço agora e descrever quantas coisas maravilhosas também vi e consegui viver. E, com certeza, a semelhança de todas estas experiências foi que somente o ser humano pôde ser o protagonista. Não posso falar pelo mundo, mas acredito que ele também concordaria. Não há nada mais incrível do que a humanidade e o seu poder de amar. Não somos os únicos que temos essa capacidade. A natureza inteira está aí pra provar que o amor envolve tudo. Mas nós podemos pensar, raciocinar, dialogar, convencer e proteger o que amamos. Tudo isso com o mínimo de esforço.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Então por que repetir diariamente a história do mundo? Por que causamos dor aos nossos iguais (e também aos nossos diferentes, oras)? Por que temos que nos proteger de nós mesmos? Por que temos grades para não sair e muros para não entrar? Por que, todo dia, nossa comida sobra e vai para o lixo? Os fatos estão aí, todo dia, no mundo inteiro e nunca mudaram.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez seja alguma coisa no nosso cérebro, no cérebro tão racional dos humanos. Mas justo com a gente! Justo a gente conseguir mentir, machucar sem motivos e se satisfazer com isso. Ou às vezes só não se importar mesmo. Qual será o gene modificado? Qual será a doença que carregamos que encobre tantas vezes o amor?</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez nunca exista, mas a vacina ideal seria aquela que faria alguém olhar para um outro ser humano e se refletir nele. E que, ao fazer isso, não tivesse vontade de machucá-lo, oprimi-lo, escravizá-lo ou estuprá-lo. Que não desejasse vê-lo sozinho, sofrendo, faminto ou com medo. Que não quisesse tirar-lhe a vida, a família, os bens ou a terra.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Uma vacina nada mais é do que um pedacinho do vírus dentro da gente que faz as coisas mudarem de lado e acaba virando o antídoto. O vírus nós já temos há muito tempo, um pouquinho em cada um de nós. O antídoto pode estar sendo espalhado por algumas pessoas no mundo. Essa é a minha esperança. Algumas delas talvez ainda nem conheçam o mundo como eu e você conhecemos. Sorte delas. Sorte nossa.</div>
</div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-6054185896051541892015-08-31T13:11:00.002-03:002015-08-31T13:11:18.259-03:00De novoCorajosa e curiosa: sou<br />
<div>
Sólida e gelada: eu</div>
<div>
Medo e solidão: desaparecendo</div>
<div>
Chegar ou ir embora: até</div>
<div>
Sempre estender as mãos: cair</div>
<div>
E por mais que você não entenda, eu estou: no chão.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinWDb67z5nvedCtkjg87FZQSMTSLgGfrP7oQr87zNqFu_BMiMwel6zAC-KO88SEZ9BfjC7kz_Jc7wjtwUvQDk9a1kCKIxxfBsDKuv6K51klj1z-6Bh0tBOT1fPA8jlpuSGeJTNHZgxPoE/s1600/154b243e150d7ced667633b04446532e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinWDb67z5nvedCtkjg87FZQSMTSLgGfrP7oQr87zNqFu_BMiMwel6zAC-KO88SEZ9BfjC7kz_Jc7wjtwUvQDk9a1kCKIxxfBsDKuv6K51klj1z-6Bh0tBOT1fPA8jlpuSGeJTNHZgxPoE/s640/154b243e150d7ced667633b04446532e.jpg" width="454" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i>Catrin Welz-Stein</i></div>
<span id="goog_1170665819"></span><span id="goog_1170665820"></span><br />
"Só é chamado 'cair de amores' porque você acerta o chão".</div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-8099739341419656372015-07-14T23:11:00.000-03:002015-07-14T23:12:41.871-03:00Mirrors IAlém do seu reflexo, veja. Há alguém com você.<br />
<div>
Sempre que precisar. Sempre estará ali.</div>
<div>
Alimente a alma com o que você tem. Não guarde, não poupe. Esvazie os bolsos.</div>
<div>
You just gotta be strong.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sinta abrir os braços, os abraços. Permita-se amar. Amor é vulnerabilidade, mas garanto que o amor também traz conforto se você deixar.</div>
<div>
'Cause I don't wanna lose you now.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Se é importante, segure a minha mão.</div>
<div>
Não me deixe pensar sozinha o quanto eu sinto (sozinha).</div>
<div>
O toque. Eu sou tão cética... E não sou tão perspicaz pra entender o jogo e descobrir se estamos ganhando.</div>
<div>
Show me how to fight for now.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Estou inundada e é desconfortável estar longe de casa.</div>
<div>
Eu explodo, eu encolho e congelo.</div>
<div>
Eu não consigo mudar de estação e preciso do inverno pra sempre.</div>
<div>
<div>
So now I say goodbye to the old me, it's already gone,</div>
<div>
And I can't wait wait wait wait wait to get you home.</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAegRmms5i4lr9E3KN2IeUyhamw6ly0OXqR3Zdgo22Z_O4Db7siJlSYcCOT9neJxtgRGDtNnDxfsOoe_S97ef3LKdOen4MLPbvaNRqT1v6Q0ZhgMeP1DCB96BQ8Ug3xGqNEDGCTWplQjg/s1600/mirrors.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAegRmms5i4lr9E3KN2IeUyhamw6ly0OXqR3Zdgo22Z_O4Db7siJlSYcCOT9neJxtgRGDtNnDxfsOoe_S97ef3LKdOen4MLPbvaNRqT1v6Q0ZhgMeP1DCB96BQ8Ug3xGqNEDGCTWplQjg/s640/mirrors.png" width="640" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-78463624498509386492015-05-28T00:51:00.002-03:002015-05-28T00:51:48.069-03:00Island of the sunEram histórias banais e reais nos diários de 10 anos de idade. "Tive matemática, voltei pra casa, dormi cedo, dormi tarde, comi, respirei". A maioria das brincadeiras realmente legais não estão escritas e tentei me lembrar o porque. Eu e meu irmão compartilhávamos de amigos imaginários, a Carol e o Felipe. Eles existiram por muito, muito tempo. Eu não entendo como funcionava a "mecânica" de tudo, mas funcionava e como funcionava! A Carol era muito mais "certinha" que eu, ela era a cabeça do grupo. O Felipe era um pouco mais peralta e ativo que meu irmão e eu imagino se isso não era uma forma de enfatizar um possível traço de personalidade nessa idade. Mas era incrível como sabíamos o que cada um pensava. Nós 4 nos entendíamos muito bem. Não sei se é relevante explicar, mas conhecíamos a família dos nossos amigos, e inclusive os amigos em comum, que participavam também das nossas histórias (!). Tudo se encaixava de uma forma recíproca.<div>
<br /></div>
<div>
<i>Essas histórias não estavam nos diários porque eu me preocupei mais em vivê-las. Quando tinha papel nas mãos, me concentrava nos fatos rotineiros e, talvez, reais demais. Ainda não tenho uma explicação melhor, mas talvez se assemelhe ao fato de passar períodos sem escrever por aqui. Estou vivendo.</i> </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Tudo se encaixava de uma forma recíproca. E foi nessa época que eu aprendi a ouvir. Eu contava as minhas histórias e dava espaço para ouvir outras histórias. Não conheci meus amigos imaginários decidindo que iria tê-los. Foi tão natural quanto perceber que alguém está entrando na vida da gente. O que eu concluo hoje é que eu só consegui imaginar o mundo de uma forma diferente porque eu estava segura. O diário da realidade estava lá, eu sabia quem era e qual era meu papel.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E antes que haja questionamento sobre como duas crianças podem criar coisas e aprender com elas, eu digo: apresentamos nossos amigos à poucas pessoas da nossa rua e foram acolhidos muito bem. Essa era a segurança real. Respeitar e ser respeitada, ouvir e ser ouvida. Éramos verdadeiros e isso significava algo.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Depois de algum tempo, mais precisamente uns 5 anos depois, a segurança foi dando lugar às dúvidas. Período que dificilmente alguém passa sem um arranhão ou uma certa queixa. Um pouco apagado da memória, outro tanto ainda pairando anos atrás nos textos que deram início aqui.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas uma coisa é certa: a segurança de quem eu sou e o que penso, o que falo e como ajo parece ter sobrevivido tão nítida como era. Não ontem, mas hoje. Eu me conheço e me tornei minha melhor amiga de 10 anos de idade.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
"On an island in the sun</div>
<div>
We'll be playing and having fun</div>
<div>
And it makes me feel so fine</div>
<div>
I can't control my brain [...]"</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoCVXm1QERoH7S9swA8kkys_Zevh6AofsPuTIY3m0l4yD8_1KaUym-kWEkEnsFAPojRdnNhPuBV3T3jyfxRG0uwLlvCzdrWEoFfU3IDcQdgJ5hC8NahH1PpVlYdWa4PVDB8kUPt4E_25U/s1600/an-island-in-the-sun-page.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoCVXm1QERoH7S9swA8kkys_Zevh6AofsPuTIY3m0l4yD8_1KaUym-kWEkEnsFAPojRdnNhPuBV3T3jyfxRG0uwLlvCzdrWEoFfU3IDcQdgJ5hC8NahH1PpVlYdWa4PVDB8kUPt4E_25U/s400/an-island-in-the-sun-page.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-20769260092479326352015-03-23T22:17:00.001-03:002015-03-23T22:17:24.791-03:00Pés querendo estrada<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Se eu não me importar com as consequências, posso ser quem eu quiser.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E se as pessoas resolverem se importar, posso caminhar o mais longe possível. Quem se importa com a velocidade?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Posso caminhar até desaparecer das vistas, rodopiando pra longe, tirando o pó do sapato velho.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd8kyDB76jdExPeYP2XdKxIAlH8aJB-Um1_iBwI7NCj2OTDeymNRmTIW21jr4BDvQ-wozlaWI2mFXuVPSlccv-WynPMhwoWUG1llqB0mP5kHqcsmUgZPUfEWMLPk42HNu4L9tGK2q7tXU/s1600/dancing+nights.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd8kyDB76jdExPeYP2XdKxIAlH8aJB-Um1_iBwI7NCj2OTDeymNRmTIW21jr4BDvQ-wozlaWI2mFXuVPSlccv-WynPMhwoWUG1llqB0mP5kHqcsmUgZPUfEWMLPk42HNu4L9tGK2q7tXU/s1600/dancing+nights.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Outono revigorando todas as células do corpo.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Trazendo som novo aos ouvidos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Trazendo liberdade pra sentir o vento e sorrir pro nada.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-8775456168403401772015-03-05T21:18:00.000-03:002015-03-05T21:18:49.136-03:00Non TypicalSemana atípica. Depois de meses atropelando o tempo, correndo, indo, vindo e voltando, finalmente a primeira semana de "volta à vida". Quando a cabeça começa a ficar vazia abre-se espaço pra pensar em tudo que foi deixado de lado.<br />
<br />
Primeiro eu gostaria de saber por que somos muito idiotas uns com os outros. Eu realmente quero entender e não consigo.<br />
<br />
Eu também queria descobrir uma forma de melhorar. Isso é mais complexo. Vejamos:<br />
<br />
- Queria desenhar melhor.<br />
- Queria escrever muito mais.<br />
- Queria mais conversas com risadas.<br />
- Queria distribuir melhor o meu <i>life</i>. Estou transbordando, mas coraçõezinhos sempre assustam.<br />
- Não sei o que fazer com esses coraçõezinhos. Um desastre sutil a cada observação minha.<br />
- Queria estar menos extasiada.<br />
- Queria cuidar melhor de tudo de bom que eu tenho.<br />
- Queria que algumas músicas tivessem 3 horas de duração, assim eu evitaria usar tanto a função "repetir".<br />
- Queria não parecer triste, porque não estou. Isso seria resolvido rapidinho com o item 3.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNWQ13R85-KagEXWQIoj48y0utkWwyiP3cuWNjZ3hO-PgYSzgkwcMysZbz70VnwnNDKvcoO-4QCWTHiUfhXuZ4g_X_t6ThPdDQ4gE7Ez4y1OrX0XYf2MlHW21uRdwDPTdZ2WKcsAw-KYM/s1600/hands_of_the_yellow_field_by_huhahohi-d54jcpk.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNWQ13R85-KagEXWQIoj48y0utkWwyiP3cuWNjZ3hO-PgYSzgkwcMysZbz70VnwnNDKvcoO-4QCWTHiUfhXuZ4g_X_t6ThPdDQ4gE7Ez4y1OrX0XYf2MlHW21uRdwDPTdZ2WKcsAw-KYM/s1600/hands_of_the_yellow_field_by_huhahohi-d54jcpk.png" height="400" width="400" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-42916936963493854682015-01-27T23:50:00.001-02:002015-01-27T23:50:50.964-02:00Primeiro quartoAinda vou estragar as coisas por querer demais.<br />
Querer atenção demais.<br />
Ou dar tensão demais para o que não merece preocupação.<br />
<br />
Talvez eu estrague por gostar demais,<br />
e mostrar de menos o que eu sinto.<br />
<br />
Talvez eu estrague por mostrar demais mesmo.<br />
<br />
Talvez eu só precise manter a calma,<br />
sentar, observar, manter o coração na mão e as mãos no bolso.<br />
<br />
É só uma fase que eu sentia falta de sentir.<br />
Talvez eu goste de me manter preocupada, não me sentir (e ser) egoísta.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9POnkmI35Jbw3XDpzrOG2hJ3iX8AL_ZVgdehRHVi7AChayu0L5dB1iQSozdCHSMM2vizUkOdmNR_uxhCuKb1_-YyNs5srcFgNwVdUTanAYBibPdlH9HbWph3YAuu2oYecQiHWfldUj8/s1600/1+quarto+crescente.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9POnkmI35Jbw3XDpzrOG2hJ3iX8AL_ZVgdehRHVi7AChayu0L5dB1iQSozdCHSMM2vizUkOdmNR_uxhCuKb1_-YyNs5srcFgNwVdUTanAYBibPdlH9HbWph3YAuu2oYecQiHWfldUj8/s1600/1+quarto+crescente.JPG" height="400" width="398" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-47795976288441424512015-01-23T00:59:00.001-02:002015-01-23T01:00:33.593-02:00It's times like these<span style="text-align: center;">You learn to love again.</span><br />
<span style="color: #a3a3a3; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: right;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuwt2FoNNG9jOyW-c6xtWB5UFTLQBbFqF9GrxNtPHouj3LKSM5x1-AdgWr31w8azrZhhBaTK1VCfYqO8iGYJqeBvftV_2cEgE0qgXCtdGgzkibFAwNF-SV9PVdOaC1vj75RfwWDTl20Iw/s1600/Love_is_in_black_and_white_by_leebronte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuwt2FoNNG9jOyW-c6xtWB5UFTLQBbFqF9GrxNtPHouj3LKSM5x1-AdgWr31w8azrZhhBaTK1VCfYqO8iGYJqeBvftV_2cEgE0qgXCtdGgzkibFAwNF-SV9PVdOaC1vj75RfwWDTl20Iw/s1600/Love_is_in_black_and_white_by_leebronte.jpg" height="352" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="color: #a3a3a3; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: right;"><br /></span>Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-13526381510641813482015-01-14T00:40:00.000-02:002015-01-14T00:40:00.517-02:00In t actoQuerer acolher o mundo e não conseguir tocar ninguém. Por que isso me soa familiar?<br />
Justo a primeira vez que me senti tão à vontade.<br />
Eu nunca quis quebrar nada.<br />
Porque eu já sei muito bem que não há cola que resolva.Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-66097915555693403382015-01-14T00:06:00.001-02:002015-01-14T00:06:22.511-02:00You're in a laundry roomNão posso guardar todas as coisas boas pra sempre em um frasco de vidro. Mesmo querendo revivê-las, ninguém nunca conseguiu isso com sucesso. As coisas são mais difíceis quando somos responsáveis por elas, quando decidimos. Não é só fazer uns buracos na caixa pro ar entrar que tudo vai ficar bem. Qual o sentido da caixa existir, afinal? Uma imensidão de buracos.<br />
<br />
Quando menos se percebe,<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFSQs4BggLXEbHx1iUezYc95m3WKsY6xtbYbtC81pQJwihrxIpKfz9cvfF0okB68oGM5EFkAoNAUbQ1UTeKLGKd_uTiTnwKYMYo8B12PL_S4OQy92SiJnNILCd6NB5VypUDvLFuVMD6gQ/s1600/laundry-room.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFSQs4BggLXEbHx1iUezYc95m3WKsY6xtbYbtC81pQJwihrxIpKfz9cvfF0okB68oGM5EFkAoNAUbQ1UTeKLGKd_uTiTnwKYMYo8B12PL_S4OQy92SiJnNILCd6NB5VypUDvLFuVMD6gQ/s1600/laundry-room.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-32167255312600126412014-12-29T23:41:00.000-02:002014-12-29T23:41:11.816-02:00Buzz zz z zzz۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵<br />
۵ <br />
۵<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZtgCVlgZdOdbBPfAkiZ30YintRHxLwDsqOq_JkN3-tLUay6FM0nfHheK1BrZJRp8glDr15_iz0_waCtaWWJVMXbhf1M-YCBRfSuT6wVFB-VwwV-RphXJttTv7Xl-Kqel6_Vqjdz2MCo/s1600/d758068beb38b4eb7b7ed8d4dc5d6432.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZtgCVlgZdOdbBPfAkiZ30YintRHxLwDsqOq_JkN3-tLUay6FM0nfHheK1BrZJRp8glDr15_iz0_waCtaWWJVMXbhf1M-YCBRfSuT6wVFB-VwwV-RphXJttTv7Xl-Kqel6_Vqjdz2MCo/s1600/d758068beb38b4eb7b7ed8d4dc5d6432.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<br />
Não me permitir voar,<br />
não me permitir flutuar quando eu bem quiser,<br />
não seria justo: não me permitir viver.<br />
E se eu precisasse dizer,<br />
enfrentar,<br />
talvez até sentir o medo todo de novo,<br />
eu aceitaria novamente.<br />
<br />
Eu não seria quem eu sou hoje sem todo o esforço,<br />
eu poderia culpar a sorte,<br />
mas eu sei que não.<br />
<br />
Dependeu só de mim sair do casco rígido e forte,<br />
enfrentar o meu gigante que é tão pequeno para os outros.<br />
Dependeu só de mim abrir as asas frágeis<br />
e voar até saber que consegui.Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-16007683957617821902014-11-30T14:28:00.001-02:002014-11-30T14:28:48.939-02:00Valor II<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Quando:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<ol>
<li>Algo é valioso, precisa ser dito. Eu que me expresso tão mal em fala, é quase um esforço hercúleo falar em voz alta o quanto as pessoas me fazem bem. Estou em treinamento;</li>
<li>Algo é valioso, precisa ser mantido. Antes a sinceridade pura de poucos no mundo do que uma multidão que não vai estar ali por muito tempo;</li>
<li>Algo é valioso, não pode ser quebrado. Jamais. Depois, não há reconstrução ou perdão que volte atrás. Não é frieza de coração. Basta aplicar aos outros o que gostaria que aplicassem com você e jamais correr o risco de ferir alguém;</li>
<li>Algo é valioso, precisa ser ouvido. Falar as coisas mais importantes involuntariamente... As vezes acontece. Escapa. Normalmente as palavras são milimetricamente pensadas. Se algo "a mais" é dito, veio da emoção;</li>
<li>Hoje é domingo, não tem nenhum movimento na rua. Dá pra ouvir passarinhos nas árvores das ruas vizinhas. Algo inigualável. </li>
</ol>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQPEokCIk85yDB4No66y834qPkM_S3W-n2LE4MXYjAiYFBewdixzAwgnuOFqRzViZ8F_RY0PoNulzv3mYIYoTE0Ua0DkQxBAkuabPpOjEyMTaDjR-fiW4Mr2fC8iYnsvvcVpdBy1I8XE/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUQPEokCIk85yDB4No66y834qPkM_S3W-n2LE4MXYjAiYFBewdixzAwgnuOFqRzViZ8F_RY0PoNulzv3mYIYoTE0Ua0DkQxBAkuabPpOjEyMTaDjR-fiW4Mr2fC8iYnsvvcVpdBy1I8XE/s1600/large.jpg" height="398" width="400" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-48116881342003722862014-11-09T23:36:00.003-02:002014-11-09T23:37:26.429-02:00Valor IUma das virtudes do tempo passar é saber quem é quem. Você reconhece as tentativas e não se deslumbra com o mistério. O que é simples passa a ter mais valor. Todas as artimanhas e espirais de histórias mirabolantes dão lugar à atos, fatos e ações. Você nunca mais cai em conversa repetida. Você conhece o jogo e o jeito que cada um joga. Você vai ver gente nova fazendo velhos truques todo dia. E vai rir com isso.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpfi3NDW-h8q9Yp21KsmydPsPjZ4zwApELfbaJag0T01AT9CS-Wg3ghxnIH7mcgdJ4YerdWtx3-vKumXBS_Ayz59bPdQyRgVbXaBR8DSUU9PBCSle3BD10hdxUDfo3zGFelNxOgTtvRUo/s1600/personality.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpfi3NDW-h8q9Yp21KsmydPsPjZ4zwApELfbaJag0T01AT9CS-Wg3ghxnIH7mcgdJ4YerdWtx3-vKumXBS_Ayz59bPdQyRgVbXaBR8DSUU9PBCSle3BD10hdxUDfo3zGFelNxOgTtvRUo/s1600/personality.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<br />
Surpreender as pessoas não envolve escancarar ou omitir o que se é. Mas sim mostrar o melhor de si que ninguém nunca viu. E fazer isso com cada vez mais frequência.Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-70707417931927789162014-09-17T19:59:00.000-03:002014-09-17T19:59:34.478-03:00Um mês e um dia a mais...desde a última vez que escrevo o que passa na mente.<br />
Ainda passa na mente, mas de tão tímido, deixo pra lá.<br />
<br />
Toda vida é assim: se me agito quero sossego, se ganho paz logo me declaram guerra.<br />
<br />
Eu só queria poder deitar a cabeça tranquila no travesseiro. Que de tanto pensar, afundo mais e mais algumas toneladas toda noite.<br />
<br />
Todo sorriso é troco de algo, mas o amargor que me causas vale peso dobrado. A dor multiplica por duas, quando duas alegrias ainda não tenho.<br />
<br />
Nunca nunca equilibra. Mesmo sendo gêmeos com ascendente em libra.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_C4PgFtyv0FryIHSkY_vrdf-WLQYFBpQ-SyyhXmICPhR0iWB0efbuc0PlOnRkIKfZmaHDLuERnvlSR8iZQDvtY5wD3KdZuYFttxwGtws91iBQnVhr2fqUcVIIvIQmB6kUiaqius69l7s/s1600/dance_1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_C4PgFtyv0FryIHSkY_vrdf-WLQYFBpQ-SyyhXmICPhR0iWB0efbuc0PlOnRkIKfZmaHDLuERnvlSR8iZQDvtY5wD3KdZuYFttxwGtws91iBQnVhr2fqUcVIIvIQmB6kUiaqius69l7s/s1600/dance_1.png" height="282" width="400" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-66125093694485776962014-08-16T21:08:00.000-03:002014-08-16T21:08:03.800-03:00Cores frias: azulUm domínio de sentimentos que às vezes assusta. Diálogos com a razão são cotidianos... Nem preciso mais me esquecer de algo. Tudo fica organizado nas gavetas da memória.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghnGo83X6xBN2WrIeWQgZ4Fv2mCgAh76vKLFvBSzOdMQyWKkoX-3bJlg-qayNIs10uf7tLIWyMeOLfY3ORPyP-MrJaAMQR1nViN7kXROjSTN4NWWTW-S3BxtFWNNLnAay7wN5Xq5X8qaU/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghnGo83X6xBN2WrIeWQgZ4Fv2mCgAh76vKLFvBSzOdMQyWKkoX-3bJlg-qayNIs10uf7tLIWyMeOLfY3ORPyP-MrJaAMQR1nViN7kXROjSTN4NWWTW-S3BxtFWNNLnAay7wN5Xq5X8qaU/s1600/large.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6980815942164672767.post-83389630829635800972014-07-20T21:05:00.000-03:002014-07-20T21:05:08.370-03:00ConselhoSe eu tivesse que dar um conselho para qualquer pessoa, conhecida ou desconhecida, amiga ou distante certamente seria esse:<div>
<br /></div>
<div>
"Não minta sentir algo. Não minta se importar. O certo seria, na realidade, não minta. Quando você mente para uma pessoa e depois outra, e caso estas pessoas descubram mutuamente a verdade, todo o sentimento puro se transforma em ódio à farsa. Não confunda 'ser uma pessoa excêntrica' com 'ser uma pessoa farsante' perante aos demais."</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhztGUnKl4hRTlHS9CfG03-qRpBdaTz1-YK8DP1yDgxpapRFllZAZXa0mmWTyqkrz8jfkSecgY4RHjjgCKcbu0ZQWNnU-1ZzCuytHlrvT2hFjDJagwECSQonmJesVKaTs-bnhfM1xXA7ng/s1600/the-pilgrim-1966(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhztGUnKl4hRTlHS9CfG03-qRpBdaTz1-YK8DP1yDgxpapRFllZAZXa0mmWTyqkrz8jfkSecgY4RHjjgCKcbu0ZQWNnU-1ZzCuytHlrvT2hFjDJagwECSQonmJesVKaTs-bnhfM1xXA7ng/s1600/the-pilgrim-1966(1).jpg" height="400" width="315" /></a></div>
<div>
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<i>*René Magritte pintou algumas das obras mais incríveis do Surrealismo, na minha opinião. Qualquer uma tem significado tão grande que viraria tatuagem fácil, fácil.</i></div>
Monique Vicentehttp://www.blogger.com/profile/16270818016571736310noreply@blogger.com0