Dois lados da moeda

Hoje em dia todo mundo é tão "diferente", tão "independente" e mesmo assim o mal do século é a solidão... Ao meu humilde olhar é claro. Não é raro você encontrar alguém bonito, que goste de algo que você gosta, que seja atraente, que goste de lugares que você frequenta, tem alguma coisa que ambos gostam ou se identificam (religião, esporte, sexo, profissão). O dificil é encontrar todas essas qualidades em uma pessoa só. O problema é que, ao longo do tempo, as coisas que ambos gostam vão cedendo lugar a gostos individuais. Não, não é outra pessoa que se transforma. Apenas o que o outro gosta não é o mesmo que você, e isso pode crescer de uma forma ruim, apagando qualquer vestigio de união nas ações...
A resposta pra esse comportamento é simples: agem de formas iguais mas... não pensam igual. É claro que ninguém pensa nisso quando aquela paixão arrebatadora pega de jeito! Mas depois "do calor da hora" fica o que? Fica cada um pensando em si; e pra pensarmos em alguém além de nós, esse alguém precisa ser parecido com nós mesmos.

Sim, os opostos se atraem. Mas também se traem. Nos interessamos por algo que não conhecemos mas frequentemente nos decepcionamos. É nessa hora que queremos que nos entendam, que sejam igual a nós...


Não falo como uma pessoa "apaixonada". Pessoas apaixonadas não pensam, apenas sentem. Não me dou ao luxo de ser romântica nem deslumbrada, as coisas que já vivi e aprendi iriam contra a tudo isso. Ás vezes ficar só é tão importante quanto ficar junto.