6 de agosto de 2012

(textos sem títulos são mais livres)

Quantas vidas se acredita ter pra viver de desculpas por não se viver? Não é o sangue o sinal de que há vida? Não é o fio da espada a prova do tato? Não é o álcool que levemente queima a garganta ainda sedenta?

Quantas coisas vivem as mesmas mãos? Quantas coisas enxergam os mesmos olhos?

Tantas perguntas e nenhuma dúvida. Somos um nada cheio do veneno mais perigoso: a mortalidade.
Quando a primeira gota de sangue mitologicamente caiu, a existência humana passou a desejar uma próxima vida, alheia a sua espécie. Sem sangue, sem dor, sem vida.