30 de julho de 2013

Involuntário

Como ter certeza que são as minhas virtudes, e não os meus vícios, que me fazem ser o que sou?


19 de julho de 2013

Nightmares

Poucas horas de sono ou horas não tão bem "descansadas" não estão fazendo bem para o meu subconsciente. O que já não era normal, está ficando perturbador.

Prosseguimos para as primeiras horas da manhã. 


16 de julho de 2013

Thunderbolt II

Noite estranha, sentimentos novos pra sentir. Anos de histórias na rua, nas construções. A vida inteira refletida nos olhos de estranhos. Alguns cometendo os meus erros, eu cometendo erros velhos de alguém. Sentimento que varia entre me sentir parte de algo ou me sentir a aberração atrás das jaulas. A plateia ou o show de horrores. Tudo depende do que se vê. Eu jamais desejaria perder alguns sentimentos que passam despercebidos pela grande multidão que corre da chuva.

Eu acho que prefiro o risco, prefiro achar que os raios podem cair no mesmo lugar. Infinitas vezes.


9 de julho de 2013

Próxima noite

Abro a gaveta, tiro-o com cuidado e o levo ao peito. Deito e me acomodo de volta ao calor do fim do dia. Fecho os olhos pra finalmente ver as luzes mais esperadas se acenderem. Estou do outro lado do mundo. Uma estação de metrô, um abraço e meu rosto abafado. Deixando a privação e todos os medos de lado, sinto lágrimas no meu ombro. Alguém comigo está chorando, mas não parece ser nada ruim. É como aquela terapia dos grupos de ajuda: o choro quente pode ser uma das melhores coisas pra aquecer. Até a respiração se altera, fica mais rápida e faz os órgãos acordarem. Não sei exatamente em que lugar estou, mas me sinto bem.

De manhã, já fora da cama, devolvo-o à gaveta. Dia novo, peito vazio, pronto pra enfrentar o mundo das pessoas de coração-de-gaveta.



(Preciso levá-lo mais vezes pra passear).

3 de julho de 2013

Modo automático

Elogio pra massagear o ego. Mentira pra manter a aparência. Hipocrisia pra julgar o ato. Orgulho pra cegar os olhos. Indiferença pra fingir não fazer parte da sujeira.

Não, não, não. Engraçado como as vezes o modo automático é o mais fácil. Insensível, indolor, in. Não, não, não. Aí vem alguém e te empurra pra frente, te faz ganhar velocidade, oferece insultos pelo retrovisor. Modo manual, humano, voraz. Não, sim, sim!

Alguém um dia disse que nós viemos pra incomodar. Se ninguém disse, eu digo agora: fazer barulho, é pra isso que nós estamos aqui.