Depois de um final de semana tão louco e diferente, entre horas e horas que eu tive pra pensar esperando onibus ou avião, tive a certeza de uma coisa: nasci pra viver sozinha. Não digo "sozinha" do tipo "tia de 40 anos com 17 gatos em casa". Quando falo sozinha é algo que eu já imaginava mas nunca compreendi na realidade. Não preciso de muito estímulo externo pra fazer as coisas. Não me perco, não sou frágil. E isso é bem ruim, é claro, se você quer ficar com alguém que é muito melodramático, superprotetor, machista e outras definições alheias ao "amor" propriamente dito, ao sentimento livre de taxações. Sou simples, gosto de coisas simples. Já senti amor cego, já me senti pela metade. Hoje sou diferente. Sou inteira e não preciso de ninguém pra me "completar". Aliás muita gente por aí só percebe que não precisa de "metades" tarde demais. E depois que se completam? O que mais tem pra viver? Aí é que está. Bom mesmo é somar, a companhia de alguém pra trazer coisas novas, respeitando as atuais.
"A partir de então, mesmo se está dando certo com alguém, eu faço dar errado, acabar." Essa foi uma das frases de uma conversa do final de semana. Concordo em cada palavra, aliás, não concordo, mas estou fazendo isso ao pé da letra. Sabe por que? Porque algumas pessoas que se aproximaram pareciam incompletas, procurando o preenchimento do vazio de suas vidas, mas esse não é um dever alheio. Não posso fazer isso.
Sabe por que as pessoas ficam mais confiantes e desdenham o amor quando este lhe é dado, demonstrado com mais intensidade pela outra parte? Porque são incompletas, não precisam do outro, do que o outro é, mas sim do que ele proporciona, "eu te amo's" enchem a metade do ego que está vazia. Quando se enchem, se dão por satisfeitos e começam a desdenhar a pessoa em si, esta que lhe disse "eu te amo" tão sinceramente.
Eu achei que amava alguém, há algum tempo atrás. Mas agora percebo porque nunca daria certo. O equilíbrio entre "precisar do outro" e "somar ao outro" não existe.
:)
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