20 de julho de 2016

Cabo de guerra

Todo dia uma nova luta.
Todo dia esperam que eu escolha um dos lados, que eu me posicione.
A todo momento esperam de mim opiniões. Sobre tudo, sobre todos, sobre o que eu nem conheço.
Na minha frente, o botão vermelho e o botão verde. Escolha agora.

Todo terreno está parecendo muito delicado de pisar. Cada pessoa tem experiências distintas, reage de forma diferente aos fatos, às coisas que acontecem no mundo hoje. O que eu acho correto agora é fruto de muitos fatores e experiências particulares. E elas vão mudando conforme eu vou mudando. Então, como saberei se estou certa? E se eu morasse na Índia, pensaria da mesma forma? E se eu vivesse no século passado? Será que vou pensar o mesmo daqui 5 minutos?

Aqui eu me esforço pro visitante que chegou em casa não tirar os sapatos pra entrar. Do outro lado do mundo isso seria desconfortável. Aqui me dizem que é vantagem aplicar o mínimo esforço na maioria das vezes. Em algum outro lugar do mundo a vantagem é aplicar o máximo esforço em quantas vezes forem necessárias.

Eu estou certa? Eu estou errada? Nestas coisas, depende. Posso travar uma árdua batalha sobre como as coisas são por aqui e acabar empatando miseravelmente, pois, em outro lugar do mundo essas mesmas coisas não fariam o menor sentido.

Só posso concluir, então, que não sei tudo. Aliás, eu sei bem pouco. Então talvez eu esteja discutindo as coisas erradas. Talvez algumas respostas, para essas perguntas e tantas outras, sejam "depende". Depende do que você viveu.

Mudar as perguntas e cada vez mais buscar o consenso parece ser a saída ideal. Não o consenso imposto, mas sim algo que venha de dentro. Consenso esse em que todas as ideias possam ser ouvidas, todas as particularidades sejam consideradas e o que é "certo" possa ser aplicado a todos, sem distinção... Pois, qualquer coisa diferente disso não deve ser tão certa assim.

Christian Schloe

Um comentário:

  1. A única coisa constante na vida é a mudança.

    Uma vez dois faraós discutiam sobre suas pirâmides. Um deles utilizou as pedras melhores na base, o outro as aproveitou para o topo.
    Aquele primeiro afirmou que sua edificação era mais robusta. Que pereneria por incontáveis anos de forma íntegra, mesmo que as pedras mais aparentes apresentassem uma estética menos favorecida. Este outro ressaltou a realeza de sua obra prima, uma vez que as pedras mais belas estavam de forma aparente. Essa configuração fazia com que, mesmo se eventualmente caísse, sua beleza seria inalcançável e inesquecível.
    Quem estava correto? Ambos tinham razão!?

    Vivemos cada instante de nosso passado de forma inevitavelmente singular. Nenhum mísero nanossegundo será possível reviver. Nossas experiências passadas forjam o nosso ser e nossas atitudes a nossa história. Cada minuto pensando no que vais decidir é tempo perdido decidindo em que irás pensar. Ninguém falou que a vida seria no modo 'easy'.

    Mas, convenhamos!

    Essa é uma das partes mais excitantes né!?!?

    Decidi "certo" e estou colhendo os louros. Decidi "errado" e estou aprendendo duplamente. Não importa minha atitude, sempre há algo bom envolvido, assim como algo ruim. Cabe a nós decidirmos qual faceta dedicaremos mais importância. Costumo tentar ver o lado bom... será que estou "certo"?

    Não sei! [smile]

    att

    O outro lado.

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