2 de novembro de 2009

Eu corro



e eu caio e eu vejo você na minha frente a metros e metros de distância e tento pegar a sua mão e tento te dizer o quanto eu senti sua falta quando havia dificuldades e eu grito e descubro que minha voz não sai e eu não vejo mais ninguém e perco você de vista e me sinto sozinha como se aqueles metros se transformassem em espaço infinito e vazio e sinto um nó na garganta e meus olhos começam a se encher de água e eu não pisco porque espero esse sentimento passar e porque quero dizer "não chorei nada" e eu vim aqui pra você arrancar esse espinho e você surge de novo a quilômetros de distância e não me ouve e não me vê porque eu estou tão atrás e surgem outras pessoas que me empurram e me derrubam no chão e eu sinto a poeira seca nos olhos que jorram lágrimas sem minha vontade e sinto dor nas mãos pisoteadas querendo ser puxada com a mesma força de quem protege com o corpo pra força da onda não bater.

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