Não confio em quem não erra, em quem não tem duvidas. Não confio em quem tem certeza de si, “já sei quem sou e aonde vou”. Eu até lamento por você, pois eu... eu tenho duvidas, tenho medo e não tenho algumas coisas que preciso. Eu ainda não sei tudo, por isso não quero nem saber, agora. Tenho perguntas e elas se respondem todo dia e aí surgem novas. E assim a gente vive. Quem já fez tudo certo, já sabe o que é, já tem tudo que precisa pode puxar a cadeira e sentar. Olhar pela janela e admirar a vida dos perdidos nas buscas. Quem não precisa mudar nadinha de nada pode empacotar o seu dia-a-dia e dá-lo de presente a quem queira tamanha perfeição. Pode esperar a hora chegar, enquanto nós... nós vamos atrás do que não sabemos. Nós nos perdemos nas buscas. Nós não somos perfeitos, e adoramos.
Perfeição não se completa, não indaga, não instiga, não se transgride. Perfeição não precisa de ninguém. Perfeição é um erro lindo, trágico e solitário.
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