Hora dos monstros sairem às ruas. O ar é mais puro e mais verde, metade do céu de estrelas já desfilou por nossas cabeças. O silêncio é quebrado pelo som dos insetos, ou por passos arrastados... As corujas já não me assustam mais. Fizemos mais um pacto: elas cultuam a noite e fingimos que estão me fazendo companhia. A lua minguante dá um sorriso de gato da Alice. O mundo das maravilhas começou de madrugada, mais especificamente há alguns minutos. Os sons de pneus em "cavalos de pau" já se foram, a juventude caiu bêbada em suas camas. Cachorros latindo temem por algo que eu desconheço. E param. E outro recomeça lá longe pra continuar a comunicação noturna. A noite é quente, mas o ar é sempre gelado. Mas acho que monstros não usam casaco. Nem corujas. Os cachorrinhos latindo, às vezes sim. Não há vento, mas as árvores se mexem ganhando vida a cada respirada de oxigênio. Monstros respiram? Ninguém responde, silêncio. Exceto pelos passos. E pelas gargalhadas silenciosas da lua minguante.
A madrugada é apaixonante por excelência, todo esse clima que você descreveu somado a ausência parcial de civilização a torna mágica, as vezes.
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