8 de abril de 2009

Da pureza à perdição

Por que vive assim tão leve e sem contentamento? Que dor te aflige o peito que chega tão amarga no teu sorriso?
Tantos poetas gritam da cova que só o sofrimento por amor trás doçura as palavras, e não crês.
Vive assim a vagar como uma folha seca sem árvore que nem mesmo o vento a possui, mas que brinca, entonta, baila e apaixona a pobre folha que se despedaça segundos após ser sacudida pela ventania.
Por que, então me diga, vive assim tão leve? Que mal há em petrificar-se em rocha? Só mesmo a tua esperança te amolece, e a encoraja a por um sorriso nesse rosto tão gélido.
Então, continua. Segue a vida assim errante, como um fantoche que perdeu o barbante.


Dos textos que eu escrevi, particularmente esse é o meu preferido.

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